Legados do G20: Brasil tem saldo positivo na presidência, mas evita temas polêmicos

Contribuição: Prof. Claudio de Moraes

O fim das reuniões do Grupo dos 20 (G20), que reúne as maiores economias do mundo, nesta semana, no Rio de Janeiro,  alcançou um consenso na declaração final após dois anos. O movimento foi considerado uma conquista da diplomacia brasileira, mas deixou de lado a abordagem direta de temas polêmicos, como os conflitos entre Rússia e Ucrânia e Israel e Palestina. 

Dentre os principais tópicos levantados no documento – assinado por todos os países –, estão a taxação dos super-ricos, a aliança global contra a fome e a pobreza, os compromissos com o meio ambiente e a transição energética, a reforma da governança global, a inteligência artificial (IA), relações de gênero, saneamento, conflitos mundiais, entre outros.

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“Esse tipo de acordo global deve ser estruturado com o objetivo não apenas de promover uma justiça tributária, mas de garantir que esses recursos sejam direcionados a causas globais, como o financiamento climático”, na visão do professor de macroeconomia e finanças da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Claudio de Moraes.

No que tange às questões climáticas, o Brasil tem um grande potencial. A preocupação em torno do tema tem se tornado global, não havendo mais espaço para o negacionismo, segundo Claudio. “Não há como negar os efeitos que estamos vendo em todo o mundo, e isso vai gerar uma aceleração nas mudanças de políticas, mesmo que os líderes tentem resistir.”

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Trump, Milei e Conflitos: Como ficam as incertezas globais pós-G20?

O impacto das discussões globais do G20 vai depender do que acontecer no cenário internacional, em meio a incertezas relacionadas ao republicano Donald Trump frente à presidência dos Estados Unidos em 2025, às decisões do presidente argentino Javier Milei, à instabilidade política na Alemanha e aos conflitos em vigor hoje no mundo.

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Os próprios países, que assinaram unanimemente a declaração final do G20, veem “a angústia do imenso sofrimento humano e o impacto adverso de guerras e conflitos ao redor do mundo”, citando a Guerra na Ucrânia e na Faixa de Gaza no texto, mas não mencionando os nomes de Israel e Rússia – potências envolvidas nos embates.

O cenário é de grandes dificuldades em termos bilaterais, e isso pode afetar a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo o professor de macroeconomia e finanças da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Claudio de Moraes.

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O Brasil, por outro lado, tem uma oportunidade de se posicionar como uma liderança na América do Sul, principalmente quando se observa a relação com a Europa, conforme Claudio. Mas há atenção na questão ambiental. “O País precisa apresentar de forma clara seu potencial, não apenas em relação à Amazônia, mas também a outras regiões.”

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