
A sociedade contemporânea, principalmente a ocidental, tem como base econômica os fundamentos do livre mercado, da regulação e de um sistema de preços que sinaliza os movimentos da oferta e da demanda. Além disso, a escassez tem um papel de destaque nos modelos. Em tais modelos se busca otimizar os recursos escassos. Contudo, se os recursos não são considerados escassos e são abundantes, não são considerados na análise. Este é exatamente o caso dos modelos econômicos que não consideram o meio ambiente como uma restrição que precisa ser considerada.
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A noção de escassez e da sinalização de preços tem falhas graves. Para que se tenha uma clara noção deste problema é preciso investigar umas das clássicas falhas de mercado, a externalidade. O problema das externalidades nas questões ambientais refere-se à falta de consideração adequada pelos agentes econômicos dos custos ambientais associados às suas atividades. No contexto ambiental, as externalidades negativas são particularmente relevantes, uma vez que atividades econômicas como a poluição do ar, a contaminação da água e a degradação dos ecossistemas têm impactos prejudiciais para a sociedade e para o meio ambiente, mas não são refletidos nos preços de mercado.
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Qual então são as alternativas possíveis? É claro que o mercado pode apresentar soluções, apesar dos problemas e das falhas de mercado identificadas. E é possível avançar em uma agenda ambiental mais efetiva. Contudo, para isso, é preciso uma mudança, apenas uma mudança. O nosso pensar econômico, confortavelmente apoiado em um certo egoísmo econômico ou egocêntrico, precisa mudar. E essa percepção não é utópica ou está no campo da abstração. Para entender o que quero dizer, lembrem do filme “Don`t look up” e “finjam” que agem da mesma maneira que os atores.
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