
Especialistas de várias áreas apontaram uma série de oportunidades econômicas, sociais, ambientais e sanitárias para o Brasil a partir do incremento de ações de bem-estar animal. A lista de desafios e de benefícios foi apresentada nesta quinta-feira (17) durante debate na Câmara dos Deputados sobre a Resolução Nexus do programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), que trata do nexo entre bem-estar animal, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
A resolução foi aprovada em março do ano passado com foco nos esforços de proteção da vida selvagem, considerando o crescente consenso em torno dos efeitos dessa medida para a redução do risco de novas zoonoses, para a mitigação das mudanças climáticas e para a garantia de sistemas alimentares seguros e sustentáveis. As recomendações do PNUMA estão em fase de consulta pública por parte dos Estados-membros.
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O fim do uso massivo de antibióticos e da crueldade na criação de animais em cativeiro são algumas das “mudanças radicais” esperadas. O pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Celso Funcia Lemme aconselhou o setor produtivo a encarar esse desafio como novas oportunidades econômicas. “O custo de fazer uma mudança pode ser alto, mas o risco de não fazer pode ser muito maior, ou seja, você pode ser eliminado de mercados, perder oportunidades ou perder a sua liderança.”
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No Ministério da Agricultura, o fórum técnico de bem-estar animal retomou as atividades em agosto. O Ministério da Saúde informou os esforços para a elaboração de um plano nacional de “saúde única”, também contemplando os animais e os ecossistemas.
O deputado Bruno Ganem (Pode-SP) reforçou a necessidade de conscientização em torno do nexo entre bem-estar animal, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. “É justamente solicitar ao governo brasileiro que apoie e auxilie o PNUMA no desenvolvimento do Relatório Nexus, liderando um processo consultivo regional, capacitando os serviços públicos federais e os diversos ministérios envolvidos”, afirmou.
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