
A proposta de arcabouço fiscal anunciada pelo governo não deve ser suficiente, por si só, para reduzir a taxa básica de juros (Selic), hoje em 13,75% ao ano. Outros fatores que vão pesar nos próximos meses, segundo analistas ouvidos pela Gazeta do Povo, são o desenrolar dos ataques do governo ao Banco Central e a discussão das metas de inflação, questões que têm influenciado as expectativas de inflação deste e dos próximos anos.
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As principais críticas são dirigidas à previsão de crescimento real da despesa todos os anos – mesmo em caso de queda nas receitas – e o forte aumento de arrecadação necessário para cumprir as metas. Haddad promete apresentar em breve um pacote para elevar as receitas em até R$ 150 bilhões.
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Avaliação feita pela XP Investimentos mostra que, com um crescimento econômico próximo a 1,8% ao ano no médio prazo, a regra fiscal proposta é incapaz de entregar os resultados primários e garantir a estabilização da dívida pública, mesmo com uma elevação de receitas de um ponto percentual do PIB.
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Segundo a professora Margarida Gutierrez, do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração de Empresas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ), o balanço de riscos para a inflação, no momento, afasta a possibilidade da redução na Selic no curtíssimo prazo.
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Há fatores, entretanto, que podem contribuir para uma queda da inflação. É o caso da redução do preço de algumas commodities e a desaceleração do crédito e da atividade econômica. “Mas, em um equilíbrio de forças, ainda predominam os riscos de alta”, diz a professora do Coppead/UFRJ.
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Um dos fatores que também contribuem para a ampliação das incertezas e ruídos sobre a economia brasileiros são as críticas de políticos e autoridades, lideradas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à política de juros do BC.
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