Margarida Gutierrez é entrevistada pelo portal de notícias HUFFPOST em matéria sobre desemprego pró-coronavírus

Portal: Huffpost
Data: 29/03/2020

 

Onda de desemprego pós-coronavírus assusta e medidas do governo são insuficientes

Contra todas as orientações sanitárias, Bolsonaro defende que Brasil não pare; Economistas dizem que governo deve reforçar ações para enfrentar crise durante isolamento.

“Se o Brasil parar vai ser o caos.” A posição defendida pelo presidente Jair Bolsonaro nos últimos dias, de que as pessoas voltem a circular em meio à grave pandemia do novo coronavírus, vai contra todas as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde), de cientistas e epidemiologistas e de outras lideranças pelo mundo. O argumento de Bolsonaro é que o impacto da crise econômica que as medidas restritivas vão causar será pior do que a pandemia em si.

O Brasil não é, de longe, o único país que tem que lidar com o equilíbrio complicado entre adotar medidas que evitem a propagação rápida do vírus que já matou mais de 26 mil pessoas em todo o mundo e preservar milhões de empregos – o que pode desencadear, de fato, uma crise sem precedentes.

Mesmo diante deste dilema, economistas e especialistas ouvidos pelo HuffPost Brasil são unânimes em não questionar as orientações sanitárias de isolamento. A grande questão é o que o governo pode fazer a partir desse novo panorama. Medidas anunciadas nos últimos dias de apoio a pequenas e médias empresas e a trabalhadores informais são consideradas positivas, mas ainda insuficientes.

De maneira bem resumida, a matemática que explica essa projeção é baseada na demanda e na capacidade de produção. De acordo com a especialista em macroeconomia do COPPEAD/UFRJ Margarida Gutierrez, a crise começou com um choque de oferta, “por causa do isolamento social, que paralisou o processo de produção”. “As pessoas estão perdendo seus empregos, elas não têm renda, não saem para comprar. As empresas estão sendo limadas, não têm fluxo de caixa”, disse ao HuffPost Brasil.

A economista Margarida Gutierrez endossa as decisões do governo em tentar reduzir os efeitos da crise. “Tem que concentrar em reduzir impacto de inadimplência das empresas nos bancos, melhorar o caixa das empresas, aliviando impostos, como o governo vem fazendo, e tentando preservar os empregos. A pessoa vai receber uma fatia menor do salário em vez de ficar desempregada”, diz.

 

Assessoria de Imprensa: Contextual Comunicação

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